O Ministério Público Federal (MPF) abrirá uma investigação para apurar a possível prática de homofobia pelo pastor André Valadão, após o líder religioso emitir falas agressivas sobre a comunidade LGBTQIA+, durante um culto transmitido ao vivo pelo YouTube. Lucas Costa Almeida Dias, procurador regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Acre, será responsável pela condução do caso.
Durante o culto realizado no último domingo (2), na Igreja Batista Lagoinha, em Orlando, Estados Unidos, o pastor incitou os fiéis a perseguirem pessoas LGBTQIA+. “Agora é a hora de tomar as rédeas de volta e dizer: Pode parar, resetar! Mas Deus diz que não pode mais”, afirmou o pastor. “Ele diz: ‘Já coloquei esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’. Agora está com vocês”.
Valadão continuou: “Não entendeu o que eu disse? Agora, está com vocês! Deus deixou o trabalho sujo para nós”.
Além do MPF, o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) também abriu um inquérito contra André Valadão devido a declarações agressivas em relação à comunidade ocorridas no mês de junho. O MP-MG acatou uma representação protocolada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).
De acordo com a denúncia, no mês de junho, durante o período em que é celebrado o Orgulho LGBTQIA+, o pastor e a Igreja da Lagoinha realizaram um culto intitulado “Deus odeia o orgulho”.
“Considero que hoje é o mês em que Deus mais repugna na humanidade”, disse Valadão durante o culto. A parlamentar apresentou uma denúncia adicional referente a essa fala mais recente para ser anexada ao processo em andamento.