Pauta das 7

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Alunos da UFBA acusam professor de assédio, homofobia e racismo; entenda

Foto: reprodução

Estudantes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) realizaram, na manhã desta quinta-feira (18), um protesto no campus de Ondina, em Salvador, contra o professor da escola de Teatro, Paulo Lauro Nascimento Dourado, acusado de assédio moral e sexual, além de homofobia e racismo. Os casos teriam acontecido durante as aulas remotas na pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2022.

Por meio de duas entidades lideradas por alunos, o Diretório de Teatro e o Movimento Correnteza, estudantes organizaram a manifestação, após denúncias recorrentes contra o professor. Durante o ato, cerca de 50 alunos interromperam a aula de Paulo com cartazes com dizeres como “Expulsão de todos os agressores e assediadores” e “assediador não pode ser professor”.

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Foto: reprodução

Ainda na tarde desta quinta-feira (18), foi realizada uma comissão na Reitoria da Universidade, para solicitar a continuidade do processo que envolve Paulo Dourado, que está arquivado. Segundo os estudantes, o abuso do professor se acentuou durante a pandemia e, por isso, o foco do processo será os supostos assédios cometidos neste período.

Os alunos contam que durante as aulas por videochamadas, o professor costumeiramente fazia comentários racistas, homofóbicos e misóginos. Em uma delas, Paulo proferiu um comentário com conotação sexual a uma aluna, dizendo que a aula deveria ser filmada para ser reproduzida depois, porque a discente se levantou e o seu corpo apareceu.

Em outra situação, Paulo teria dito que homens negros são violentos. O relatório do processo ainda traz testemunhos de alunos que teriam sofrido de desrespeito e homofobia, mas sem detalhar as acusações.

O professor confirmou a existência do processo, mas alegou que as acusações “são ingênuas e sem fundamento”. No que diz respeito ao caso da aluna que o acusa de assédio sexual, Paulo diz que o processo não tem fundamento legal ou jurídico e defende a extinção do relatório. O professor diz que não assediou a aluna. “Principalmente em um formato virtual, em que não se vê a imagem do aluno”, alegou.

Paulo afirmou que é contra quaisquer atitudes que se assemelhem às acusações feitas: “Sou inteiramente contra, professor assediador tem que ser colocado para fora. Não é porque um ou dois alunos dizem que eu sou assediador, que eu realmente seja um, eu tenho 40 anos de universidade”. 

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