A Câmara Municipal aprovou, nesta segunda-feira (12), o reajuste no salário dos professores de Salvador, além dos proventos dos inativos e pensionistas. Os vencimentos foram reajustados em 8%, valor que desagrada as principais lideranças dos professores, que pediam um aumento em 20%.
Após a aprovação, centenas de professores protestaram na frente da Câmara, pelo cumprimento, por parte da prefeitura de Salvador, do piso salarial nacional da categoria. Segundo os representantes sindicais, 14,95% dos 20% requeridos, diz respeito ao cumprimento do piso nacional garantido em lei para os professores. Os outros 5,05% seriam a reposição de parte da perda salarial que os servidores municipais tiveram depois de alguns anos sem reajuste inflacionário.
O diretor da Federação dos Trabalhadores Públicos da Bahia (Fetrab), Kleber Rosa, afirmou que os professores foram surpreendidos com o envio da proposta para a Câmara, tendo em vista que a categoria dialogava com o prefeito acerca do reajuste.
“No meio do processo de negociação, a categoria foi surpreendida com o envio da proposta para a Câmara. Não esgotou as negociações, não esgotou o diálogo e, de uma hora para a outra, colocou o projeto para ser votado”, criticou o sindicalista.
“O gestor municipal vinha de um processo de diálogo com a categoria. Inicialmente, apresentou 5%, subiu um pouco para 6%, apareceu 8%, mas a categoria rejeitou. E rejeitou porque sequer atende ao mínimo que é 14,95%, que é a lei nacional”, completou.
Segundo o diretor, devido ao posicionamento da gestão de Bruno Reis (União Brasil), os professores municipais consideram a possibilidade de greve a partir do segundo semestre.
