Um vídeo que mostra o padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em uma casa paroquial com a noiva de um fiel, provocou grande repercussão na cidade de Nova Maringá, a 392 km de Cuiabá. O caso gerou polêmica nas redes sociais e motivou uma investigação da Diocese de Diamantino, responsável pela paróquia.
Nas imagens, o noivo da jovem arromba portas do quarto e do banheiro após o padre se recusar a abri-las. A mulher, de 21 anos, aparece chorando embaixo da pia. Em um áudio divulgado nas redes, o padre nega envolvimento e afirma que a fiel apenas pediu permissão para usar o quarto e tomar banho, após trabalhar na igreja.
De acordo com o Código de Direito Canônico da Igreja Católica, sacerdotes do rito latino são obrigados ao celibato e não podem manter relações afetivas ou sexuais. A violação é considerada uma infração grave, que pode resultar em punições como advertência, suspensão das funções ou até redução ao estado laical.
A Diocese de Diamantino informou que iniciou nesta terça-feira (14) uma investigação interna para apurar a conduta do religioso. O caso também será acompanhado pelo bispo diocesano, que decidirá se a apuração será mantida localmente ou enviada ao Vaticano.
A Polícia Civil confirmou que a jovem registrou um boletim de ocorrência por divulgação indevida de imagens. O Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Cuiabá informou que casos desse tipo são analisados sob sigilo eclesiástico.
