Um laudo, feito a partir de um exame necroscópico no IML do Rio de Janeiro, apontou pequenas hemorragias no pulmão Ana Clara Benevides, jovem de 23 anos que morreu durante o show da cantora Taylor Swift, realizado na última sexta-feira (17), no Estádio Nilton Santos.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Exames toxicológicos e o exame histopatológico foram solicitados para que seja possível determinar o que pode ter causado a evolução dos sintomas.
Segundo a delegada Juliana Almeida, responsável pelo caso, há diversos fatores que causam hemorragia no pulmão, por isso, é necessário aguardar os resultados dos exames para determinar a real causa da morte.
“Calor, insolação e desidratação são alguns desses fatores, mas sem o resultado dos exames, não temos como afirmar que seja isso. Agora, é prematuro afirmar que a Ana Clara morreu por hipertermia [excesso de calor]. Se tudo der negativo, poderemos chegar à conclusão de que foi por causa do calor”, pontua.
Os resultados devem ser entregues em até 30 dias, de acordo a delegada. O corpo da jovem já foi liberado e todo o material necessário para a realização dos exames complementares foram coletados.
EMPRESA
A empresa responsável pela produção e organização do show, a Time For Fun (T4F), disse, em nota, que lamenta o ocorrido, e afirmou que Ana Clara foi “prontamente atendida” pela equipe de brigadistas e paramédicos dentro do estádio. Após passar por uma tentativa de reanimação pela equipe presente no local, a jovem foi encaminhada para o Hospital Municipal Salgado Filho, a 5 minutos do Engenhão.
Além da sensação térmica elevada, as áreas de ventilação do estádio foram cobertas por tapumes pela Time For Fun, que também proibiu que o público entrasse no local com água. Nesse mesmo dia, de acordo com o Corpo de Bombeiros, cerca de 1.400 pessoas presentes no evento desmaiaram e outras dezenas sofreram queimaduras.
