O Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA) instaurou, nesta terça-feira (21), um inquérito civil para apurar uma denúncias de maus-tratos a uma mulher que trabalhava como empregada doméstica em uma residência no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.
Em entrevista à TV Bahia, a vítima, identificada como Gleide das Graças Idalan de Jesus, de 53 anos, contou que os ataques aconteceram no dia 17 de março. Ela diz que não trabalhou na quinta-feira (16) por questões de saúde. Na sexta (17), ao chegar no apartamento da patroa, encontrou cerca de 300 talheres sujos espalhados pelo chão da cozinha.
“Ela [patroa] ficou na copa escondida e olhava, depois se aproximou e eu disse: ‘Bom dia, dona Mari, eu não vim ontem…’ e ela falou: ‘Não quero saber dos seus problemas, não quero saber de nada. Eu quero que você limpe os talheres, lave tudo e guarde, porque eu puxei a gaveta e caiu tudo ontem de noite [quinta].'”
Na ocasião, a mulher teria ainda jogado óleo de peroba no rosto de Gleide, impedido a saída dela do imóvel. Ela conta também que a patroa a agrediu na área de serviço e a ameaçou de morte.
“Foram muitos murros e socos. Ela disse: ‘Olhe, eu vou te furar, vou te matar, antes que você mate minha mãe, eu vou te matar”, relatou.
Além de tudo, pela falta, a vítima teve R$ 200 descontado do salário.
O inquérito vai investigar a regularidade na relação de trabalho e as alegações de agressões e maus-tratos feitas pela empregada doméstica. O caso foi registrado na 7ª Delegacia, que está acompanhando o caso.