O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, assinou, nesta quarta-feira (3), o acordo de compra e venda de trens do Mato Grosso para o VLT de Salvador. A negociação, ocorrida em Brasília, foi mediada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Além do chefe do governo baiano, participaram do encontro o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, e o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, entre outras autoridades estaduais.
O acordo envolveu mais de R$ 1 bilhão, para a compra de 40 composições de trens – cada um com sete vagões –, totalizando R$ 820 milhões. Outros R$ 100 milhões, aproximadamente, serão utilizados para aquisição de equipamentos, como trilhos, catenárias, cabos, subestações e outros insumos necessários para a estrutura.
Já o MT terá recursos para a construção da estrutura do novo modal Bus Rapid Transit (BRT) e para a aquisição dos ônibus. O estado também encerra o litígio que mantinha com o consórcio responsável pelo VLT, solucionando ao menos sete ações judiciais.
Durante as negociações, o Consórcio renunciou a demandas judiciais e pretensões em aberto que tinha contra o estado mato-grossense superiores a R$ 800 milhões, relativas a saldos contratuais, medições em aberto e ressarcimentos pelos custos de manutenção e guarda do material rodante após a rescisão do contrato.
Obra do VLT deve começar em julho
A previsão é de que as obras do VLT comecem em junho. De acordo com a licitação, a estimativa é de que o primeiro lote seja entregue em 2027, três anos depois da previsão inicial.
A obra prevê ainda uma interligação com os outros meios de transporte de Salvador. O orçamento total é de quase R$ 4 bilhões.
Os trechos previstos são:
- 1º trecho: entre Ilha de São João, Subúrbio e Calçada (17 paradas e uma estação na Calçada);
- 2º trecho: entre Paripe e Águas Claras (8 paradas e interligação com metrô);
- 3º trecho: entre Águas Claras e Piatã (9 paradas e interligação com metrô).