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Mandado de vereadora pode ser cassado após denúncias a prefeito na Bahia

Após fazer denúncias contra o prefeito de Muritiba, Danilo de Babão (PSD), a vereadora Perla de Tabaréu (Avante) teve o pedido de cassação do seu mandato aceito por unanimidade na Câmara de Vereadores.

Perla acusou o prefeito de possuir funcionários fantasmas e de nepotismo. Ela argumenta que a companheira do prefeito, Magna Passos, trabalha durante 40h semanais como professora na Prefeitura Municipal de Sapeaçu, ao mesmo tempo em que acumula o cargo de nutricionista na Prefeitura de Muritiba durante 40h por semana.

“Resta evidente que inexiste a possibilidade do serviço ser prestado pela namorada do Prefeito Municipal em Muritiba, considerando a incompatibilidade de horários”, diz documento apresentado pela vereadora, que menciona pelo menos outros 10 possíveis funcionários fantasmas.

Na lista de denúncias apresentada pela parlamentar constam também:

– Caseiro do prefeito recebendo em folha (município);

– Dono de empresa de designer de interiores, responsável por reforma na casa do gestor municipal, também recebe em folha (município);

– Parentes do prefeito empossados em cargos sem trabalhar;

– Cabo eleitoral do prefeito que atua na Secretaria de Agricultura e recebe salário de professor;

– Técnico de enfermagem, estudante de medicina, que mora fora do município, teve salário preservado por causa da amizade com a ex-secretária de Saúde;

– Irmão do presidente da Câmara recebe salário de vigilante, mesmo não prestando qualquer serviço para a Prefeitura;

– Marido da secretária de Educação, recebe em folha, e jamais trabalhou em qualquer área da prefeitura;

– Proprietário de um bar, que é considerado como mais famoso de Muritiba, ocupa vaga de secretário escolar sem jamais ter trabalhado na função;

As denúncias, feitas no dia 23 de janeiro de 2023, foram acatadas pelo Ministério Público da Bahia. 16 dias depois, em 7 de fevereiro, a denúncia pela cassação do mandato da vereadora, que é a única da oposição, foi aceita por unanimidade na Câmara.

“Estou sofrendo uma perseguição política. Sou a única vereadora mulher da câmara, a única de oposição, e foram 10 contra 1. Precisamos lutar pra que isso não aconteça, se isso realmente acontecer será a certeza da impunidade”, declarou a vereadora.

A Prefeitura de Muritiba de não se manifestou sobre o caso.

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