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Santo Amaro no Reconcavo Baiano cancela festejos d0032015001202406060832 7

Santo Amaro cancela festejos de São João

Foto: reprodução

A prefeitura de Santo Amaro, no interior da Bahia, anunciou a suspensão das festas de São João no município por conta do estado de emergência. Em nota divulgada nas redes sociais nessa quarta-feira (5).

O gestão afirmou que a decisão foi tomada para “priorizar a reconstrução, recuperação e reparação das áreas e/ou bens públicos afetados” pelas fortes chuvas que atingiram a cidade do Recôncavo Baiano.

Com isso, o governo pretende manter os pagamentos dos servidores públicos e seguir com a concentração de recursos na reconstrução da cidade, visto que as festas de São João geram grandes gastos para a prefeitura.

A cidade de Santo Amaro está em estado de emergência desde abril, quando fortes chuvas atingiram o município. Em 2023, a cidade teve o “Arraiá da Purificação”, que aconteceu entre os dias 23 e 25 de junho, com atrações divididas entre o pé de serra e elétrico em dois diferentes palcos, além da apresentação de quadrilhas.

O município é famoso por suas edificações antigas, como casarões e igrejas históricas, bem como pelas ruínas dos antigos engenhos. É a cidade natal de Caetano Veloso e Maria Bethânia, e também é onde está localizado o túmulo de Dona Canô, matriarca da família Veloso.

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que a cidade de Santo Amaro cancela os festejos juninos. Em 2015, juntamente com os municípios de Candeias e Sento Sé, a festa foi cancelada por conta das fortes chuvas.

Na ocasião, que também ocorreu em abril, o nível do Rio Subaé – que corta a cidade – subiu rapidamente, acarretando em uma enchente. O grande volume de chuvas fez as casas serem invadidas pela água.

Leia a nota na íntegra da prefeitura de Santo Amaro:

Devido à situação de emergência em que Santo Amaro se encontra desde abril deste ano, como explícito no decreto nº 1.112 de abril de 2024, publicado no diário oficial, a Prefeitura informa que todas as festas públicas estão suspensas.

A decisão visa priorizar a reconstrução, recuperação e reparação das áreas e/ou bens públicos afetados e, assim, garantir o equilíbrio das contas públicas.

Por isso, o governo municipal destaca a necessidade de concentrar recursos na reconstrução, evitando grandes gastos com eventos festivos, especialmente os financiados com recursos públicos.

A medida também visa assegurar a responsabilidade fiscal, garantindo o pagamento em dia dos servidores e fornecedores, bem como a manutenção de serviços essenciais. Dessa forma, a Prefeitura reforça o compromisso com a gestão responsável e a estabilidade financeira do município.

A decisão acima foi embasada em nota técnica conjunta publicada este ano por membros do Tribunal de Contas do Estado (TCE); Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e do Ministério Público Estadual (MPE) que deixa claro que para realizar festejos é preciso que o município tenha “inexistência de estado de emergência ou calamidade ou outra situação que impacte na saúde financeira do município limitando a realização de gastos com festejos”.

Há também consonância com as orientações emitidas pela Procuradoria Geral do Município, Controladoria Geral e Secretaria Municipal da Fazenda a respeito das obrigações fiscais, econômica e orçamentária do Município, em último ano de Gestão, cumprindo, assim, o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Em virtude disso, solicitamos o apoio e a compreensão de todos os munícipes.

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