O policial militar que foi flagrado quebrando o braço de um jovem durante uma abordagem em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), está sendo investigado internamente. Segundo o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, o procedimento disciplinar foi aberto logo após a corporação receber as imagens.
“A gente recebeu a imagem, acompanhou o caso pela imprensa, que noticiou de imediato o fato. O comandante-geral [Coronel Paulo Coutinho], de imediato, solicitou a abertura do procedimento correcional, disciplinar para apuração de todos os fatos. Sendo o fato apurado e imputada a responsabilidade do policial, esse vai ser punido conforme prevê o código militar”, revelou o secretário.
A abordagem em questão aconteceu no sábado (8), quando policiais receberam uma denúncia de perturbação de sossego, devido a uma festa paredão que ocorria na Rua Direta, em Barra do Jacuípe. A confusão se iniciou após a vítima filmar a ação dos PMs, fato que irritou os agentes.
Vídeos registraram o momento em que dois policiais se juntam e passam a agredir o jovem de 24 anos, que não oferecia resistência. Durante a agressão, um dos PMs utilizou um cassetete, momento que quebrou o braço do jovem.
A namorada da vítima filmou as cenas de agressão e outra gravação mostra os PMs tentando tomar o celular da mão dela. O jovem foi socorrido ao Hospital Geral Menandro de Faria, onde teve a fratura constatada.
O que diz a PM
Em nota, a Polícia Militar diz que equipes da 59ª Companhia Independente (CIPM) estiveram no local para averiguar a denúncia de que acontecia uma festa paredão, já na madrugada de sábado. A equipe estava tentando identificar os envolvidos na “formação do paredão”, segundo a PM, quando foi hostilizada pela população, que arremessou garrafas de vidro e ameaçou os PMs. “Diante da situação, foi solicitado apoio de outras guarnições, mas os envolvidos conseguiram evadir”, diz a PM em nota.
“Fatos relacionados a agressões serão apurados e a Corporação ressalta que não coaduna com comportamentos contrários à doutrina preconizada, que é pautada na legalidade e na técnica, e reafirma o compromisso na proteção da sociedade baiana”, finaliza a PM.